A osteopetrose, ou “osso de pedra”, também conhecida como a doença dos ossos
de mármore e doença de Albers-Schonberg é uma desordem hereditária
extremamente rara através do qual ocorre o endurecimento dos ossos, tornando-os mais densos, em contraste com condições mais prevalentes como a osteoporose, em que os ossos tornam-se menos densos e mais frágeis, ou a osteomalacia, em que os ossos enfraquecem. A doença tem uma incidência de 1 em 20.000 nascimentos e 1 em 200.000 adultos. Essa doença ainda pode causar osteosclerose.
Trata-se de doença rara, de caráter
hereditário e que pode se manifestar de várias formas e em qualquer
idade. Sua etiopatogenia ainda não está bem definida, não havendo
predomínio por raça, porém acomete com maior frequência o sexo
masculino. Aproximadamente 20% dos casos derivam de casamentos
consanguíneos.
Osteopetrose – causas e sintomas
A fisiopatologia é explicada por um
defeito básico na diferenciação das células precursoras em osteoclastos,
assim o osso passar a conter um número aumentado de osteoclastos
estruturalmente anômalos. São comuns as infecções, pois os neutrófilos
apresentam resposta quimiotática diminuída e baixa capacidade de
fagocitose bacteriana.
A doença é causada por defeitos em um ou
mais genes responsáveis pela formação e desenvolvimento de
osteoclastos, que são as células que removem o tecido ósseo antigo e o
substituem por um novo e saudável.
Dependendo da origem dos genes alterados, o tipo da doença pode variar entre:
Osteopetrose infantil maligna: a criança apresenta a doença desde o nascimento devido a defeitos nos genes herdados do pai e da mãe;
Osteopetrose adulta: a osteopetrose só é
diagnosticada na adolescência ou na vida adulta, sendo provocada por
genes alterados herdados de apenas do pai ou da mãe.
No caso da osteopetrose adulta a
alteração dos genes também pode ser provocada por uma mutação,
normalmente causado por problemas radiológicos, sem ser necessário
herdar a alteração dos pais. E, em geral, os pacientes assintomáticos
não precisam fazer tratamentos.
Mais sobre Osteopetrose
A forma típica da osteopetrose maligna
infantil inicia-se precocemente e resulta de uma disfunção
osteoclástica, ocasionando em incapacidade de reabsorção e remodelação
óssea por parte do organismo. Em consequência há um aumento generalizado
da densidade óssea e uma maior susceptibilidade às infecções que vão
ser determinantes nas características clínicas e na evolução da
doença. Essa doença pode acometer também o fígado e o baço devido à hematopoiese extramedular.
As principais complicações da
osteopetrose maligna são a cegueira, a surdez, o atraso de crescimento, a
pancitopenia, a hepatoesplenomegalia a infecção, principalmente a
osteomielite. Na ausência de tratamento eficaz a doença evolui
rapidamente para a morte, em regra durante a primeira década de vida. As
principais causas de morte são a infecção e a hemorragia. Além de ainda
poder causar adenomegalia, anemia, leucemia e trombocitopenia.
Estes sintomas podem variar de acordo
com o tipo da doença no paciente, sendo que são mais os sintomas são
mais severos na forma infantil maligna da osteopetrose. Geralmente, o
tratamento da osteopetrose varia de acordo com o tipo da doença sendo
que no caso de crianças com osteopetrose infantil maligna o tratamento
mais eficaz consiste no transplante de medula óssea.
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