sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

MEL AROMATIZADO COM ERVAS!

O uso medicinal do mel data de milhares de anos. Ele é higroscópico, isto é, absorve componentes solúveis em água e óleos voláteis da planta. O mel tem propriedades antibacterianas, expectorantes e cicatrizantes; por isso, o mel de ervas pode ser usado para tratar inflamações de garganta, tosse, infecções das vias respiratórias e asma; ele também tem aplicação externa: cicatriza ou acalma problemas cutâneos, como cortes, esfoladuras, queimaduras e úlceras varicosas. O mel constitui um excelente veículo para ervas antimicrobianas, como alho, cebola, tomilho, hissopo, orégano e alecrim.
O mel também é altamente nutritivo, rico em açúcares de fácil digestão e energético, estimulando o sistema imunológico. Ele contém pólen, que possui altas concentrações de proteínas, vitaminas, minerais e ácidos graxos, sendo útil no tratamento de alergias e asma, além disso, contém própolis, um poderoso antimicrobiano. O mel de tomilho, da Grécia, é renomado por suas propriedades terapêuticas, assim como o mel Manuka, da Nova Zelândia, freqüentemente utilizado como agente antibacteriano.

Floradas predominantes:

A florada predominante influencia na cor, no gosto e nas propriedades do mel.

Eucalipto: Expectorante e com ação bactericida nas vias aéreas, muito usado para tratar a tosse e a bronquite;
 
Laranjeira: considerada uma das versões mais saborosas, é calmante, regula o intestino e ainda previne câimbras e distensões musculares;
 
Silvestre: a versão mais clara deve ser tomada por crianças e idosos. Já a mais escura é ótimo laxante, tônico energético e estimulante da imunidade.
Dosagem
Tome 1 colher de sopa de mel de ervas em um pouco de água quente ou puro na colher.  
*(Não dê mel para crianças com menos de 1 ano pelo risco de botulismo)
Preparo do mel de ervas
Encontrei dois métodos: preparado em temperatura ambiente ou preparado aquecido.

Em temperatura ambiente:
Coloque as ervas de sua escolha, picadas em pedaços grandes ou esmagadas num recipiente limpo e esterilizado, cubra com mel e mexa bem. Tampe hermeticamente, rotule com clareza e deixe macerar por pelo menos quatro semanas (mas, de preferência, por vários meses). Guarde num local fresco e escuro ou na geladeira.

Preparado aquecido:
Aqueça o mel em banho-maria. Quando estiver quente, acrescente as ervas escolhidas e mantenha aquecendo por cerca de 20 minutos, mexendo de vez em quando. Apague o fogo, deixe esfriar, tampe e rotule com clareza.
Sugestões de ervas / sementes
 
Tosse irritativa (seca): grama de ponta, endro, cardamomo, lúpulo, tanchagem, confrei, tília;
 
Tosse carregada/congestão/catarro: alho, losna, neem, canela, coentro, guaco, agrião, erva de são João, alecrim, sálvia, tília, damiana, gengibre;
 
Sinusite/bronquite/asma: alho, endro, angélica, guaco, salsão selvagem, raiz forte, bacopa, camomila, coentro, lúpulo, hissopo, lavanda, melissa, hortelã, tanchagem, alecrim, confrei, tomilho, tília, damiana, gengibre, cravo da índia, orégano, sempre-viva, manuka (tea tree da Nova Zelândia);
 
Gripe: alho, kalmeg, salsão selvagem, raiz forte, losna, melissa, fitolaca, salgueiro, tomilho, louro, poejo;
 
Infecções das vias respiratórias/garganta: grama-de-ponta, alho, guaco, agrião, kalmeg, angélica, bardana, neem, camomila, cardamomo, lúpulo, erva-de-são-joão, hissopo, lavanda, melissa, hortelã, fitolaca, tanchagem, alecrim, sávia, tomilho, gengibre, cravo-da-índia, louro, orégano, zimbro, poejo.
Outros usos para o mel

Pode-se simplesmente administrar ervas recentemente picadas numa colher de chá de mel.
Doces e pastilhas para a garganta são obtidos misturando-se pó de ervas com mel, até ambos formarem uma pasta; com esta são feitas pequenas bolas, que deverão ser passadas novamente no pó para impedir que fiquem pegajosas; isto as tornará mais fáceis de manusear e armazenar. Devem ser guardadas numa lata bem fechada.
Fonte: http://aromasvitais.blogspot.com.br/2012/12/mel-com-ervas.html?view=flipcard
 
Referências:
CORAZZA, Sônia. Aromacologia – uma ciência de muitos cheiros. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2004.
McINTYRE, Anne. Guia completo de fitoterapia.São Paulo: Pensamento, 2011.

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